Ontem dia 7 de Novembro fomos visitar a Quinta da Regaleira, um espaço de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas.
Entre 1697 e 1893 foram diversos os proprietários desta quinta situada na encosta da serra de Sintra. Deve o seu nome à Baronesa da Regaleira e em 1893 em hasta pública é adquirida pelo advogado António Augusto Monteiro de Carvalho, célebre capitalista de ascendência portuguesa e nascido no Brasil. Licenciado em Leis em Coimbra foi um notável bibliófilo e coleccionador exercendo actividade filantrópica. Homem de espírito científico e de grande cultura determinou o misterioso programa iconológico para a sua residência
Mais tarde entrega o projecto e construção ao cenógrafo italiano Luigi Manini que entre os anos de 1904 e 1910 transforma a quinta de 4 hectares no espaço que hoje é conhecido.
Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio, verdadeira mansão filosofal, percorrer o parque exótico, sentir a sua espiritualidade, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Destaca-se pelo seu simbolismo, o Poço Iniciático.
Em 1998 a quinta é adquirida pela Câmara Municipal de Sintra que entrega a gestão da mesma à empresa Cultursintra, iniciando-se um amplo programa de recuperação patrimonial, permitindo-nos usufruir de todo este espaço.